domingo, 25 de setembro de 2011

[Vídeo Promocional] Show da Várias Variáveis



Banda Várias Variáveis: Nando Lima (Voz, Baixo, Teclado, Samplers), Daniel Reis (Guitarra) e Anderson Reis (Bateria).

Vídeo Promocional ao show marcado para o dia 30/09/2011 no América Rock Club - Brasília - DF.

Localização do America Rock Club:

QS 03 Conjunto 13 Loja 2B Taguatinga Sul, em frente ao Carrefour

Entrada: R$ 10 (R$ 12 após a meia noite)
Mulheres não pagam até as 22h00

Mais informações

Show tributo à banda mais amada e odiada do rock nacional.
Uma viagem pela "engenharia hawaiiana": Grandes sucessos e lados B escolhidos a dedo!
Comemorando o aniversário do nosso baixista Nando Lima e do Ronan do blog Pra Sempre GLM.
Tudo isso na casa mais rock'n roll de Taguatinga!

sábado, 16 de abril de 2011

ENTREVISTA: HUMBERTO GESSINGER

Enfim esta aqui a prometida entrevista com Humberto Gessinger, bom a entrevista fala por si, espero que gostem! Equipe PraSempreGLM agradece.





domingo, 10 de abril de 2011

ENTREVISTA: CARLOS MALTZ!



Bom galera, depois de muito tempo, enfim postamos a entrevista com Carlos Maltz! Peço desculpas pela má qualidade de áudio e vídeo e por alguns cortes em algumas perguntas, mas foi devido a correria e falta de espaço no cartão de memória, hehe, porém fizemos de coração pra todos os fãs de Engenheiros e do Carlos também. Conversamos sobre astrologia, atualidades e, claro, a separação do trio Gessinger, Licks e Maltz! Esperamos que gostem e em breve publicaremos a entrevista feita no dia 4/4/11 com Humberto Gessinger, que já está totalmente editada e pronta. Abraços e aproveitem!









terça-feira, 5 de abril de 2011

BASTIDORES DA ENTREVISTA COM HUMBERTO GESSINGER

Na foto: Ronan, Aline, Humberto e Shizuo.
Ontem, dia 4/4 entrevistamos Humberto Gessinger. Em breve serão lançadas as duas entrevistas, a de ontem e a com o Carlos Maltz!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Pergunte ao Maltz




O Pra sempre GLM estará entrevistando nos próximos dias Carlos Maltz! Aproveitando esta oportunidade, queremos compartilhar com os amigos freqüentadores do blog a oportunidade de estar enviando perguntas para que possamos incluí-las no nosso bate papo.

As perguntas podem ser enviadas para:

prasempreglm@gmail.com ou

@prasempreglm (via twitter)

Colocar além da pergunta, o nome completo e a cidade/estado.

Grande abraço!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

"Duas metades Iguais"



Difícil encontrar um título para este post amigos. Acho que passei a entender o que Gessinger falava sobre a complexidade do disco "o papa é pop", naquele momento da carreira, quando passei a escrever sobre este álbum. O que Augusto Licks definiu como uma ação incidental no discurso da banda tem a ver com as abordagens que este quarto CD do GLM trabalha: isolamento, militarismo, ilusão, religião, arte, sucesso.
Poderia definir todos estes temas girando em torno da palavra “solidão”, mas acho que o trabalho desenvolvido no Várias Variáveis aborda com maior profundidade este tema.
“O papa é pop” é um puta disco complexo (primeiro autoproduzido) e talvez as sombras dos edifícios de 30 andares tenham encoberto com o sucesso de alguns hits, tudo aquilo que de verdade é dito nele.

O EXÉRCITO DE UM HOMEM SÓ – Gessinger/Licks

Para mim esta música é o ápice da parceria entre Humberto e Augusto, embora algumas vezes “Canibal” tente roubar este posto nas minhas convicções. Lembro da primeira vez que escutei esta música, numa época em que nem mesmo sabia que a música era dos Engenheiros do Hawaii. Duas coisas me chamaram atenção, o clima de suspense da introdução e a imposição que é passada com as letras no refrão.
Na Introdução desta música temos duas coisas que os Engenheiros passariam a utilizar na seqüência de sua carreira e que dava margem a exuberância de uma banda em trio e a fuga das limitações que ela pode te oferecer. Talvez os críticos da época não entendessem o uso dos Midipedalboards (que traziam aquela atmosfera fantasmagórica da introdução) como algo novo no som dos Engenheiros. O riff que Augusto Licks toca na introdução é feito com um violão, apesar de no restante da música ele utilizar sua steinberger. Nos primeiros shows da turnê do papa, Augusto utilizava um suporte para seu violão, com isso ele poderia tocar a introdução com o mesmo timbre da gravação do disco.
As citações começam pelo próprio título da canção, “O Exército de um Homem Só” foi o primeiro livro de Sclyar que li. Quando comprei logo busquei o que era citado dele na canção, mas acabei encontrando algo maior. A frase “ser culpado ou ser capaz, tanto faz” talvez tenha um significado menos profundo para quem ainda não leu esta excelente obra. O livro “As portas da percepção” de Aldous Huxley que em sua temática tinha muito do discurso solitário desta música também é citado. O The Doors trabalhou seu discurso neste livro de forma ainda mais complexa e profunda.
Abrir as portas da percepção para o Doors era algo mais associativo as drogas e a quebra dos conceitos impostos pela sociedade, para os Engenheiros do Hawaii era como uma solitária invasão do espaço aéreo soviético.
Na versão do disco, temos um riff feito pelo baixo quanto pela guitarra que nos remete à militar “canção do expedicionário”. Nas turnês futuras um sampler era acionado antes de “exército” começar com um trecho desta canção: “por mais terras que eu percorra, não permita Deus que eu morra, não permita Deus que eu morra sem que volte para lá”.
Carlos faz um bom trabalho, utilizando bem a bateria eletrônica no final das estrofes e na virada para o refrão e inserindo uma importante bateria militar ao final da canção. Final este que nos brinda com um belo solo que Augusto foi melhorando mais ainda nas futuras turnês.

Frase favorita: “nossa trajetória não precisa explicação (e não tem explicação)”

ERA UM GAROTO QUE, COMO EU, AMAVA OS BEATLES E OS ROLLING STONES – Miglieacci/Lusini/versão Os Incríveis

Outra música que tem início com midipedalboard e Augusto Licks fazendo um riff marcante, mas desta vez utilizando a guitarra ao invés do violão. Esta introdução já estava na versão dos Incríveis, apesar destes terem de certa forma “tirado inspiração” de uma música do The Byrds chamada “Mr. Tambourine Man”. Carlos também utiliza da bateria eletrônica em alguns trechos. Este é um disco de bateria simples, porém marcante (literalmente).
Não vou me prolongar a falar mais do que já foi dito sobre a letra desta canção. Apesar de estar tocando esta música desde a turnê do Alívio, acho que foi importante para a abordagem que eles queriam para o próximo álbum. Como Humberto escreveu em seu livro, a guerra do golfo e outros acontecimentos da época eram propícios.
Além de citar na letra as músicas “Help”, “Ticket to Ride” e “Yesterday” dos Beatles e “Lady Jane” dos Stones, havia também citações de riffs como no refrão onde na versão do disco, no trecho “Stop com Rolling Stones” eles tocam o riff de “Under my Thumb” e em “Stop com Beatle´s songs” escutamos a introdução de “Here Comes the Sun”. Na versão ao vivo, eles costumavam tocar o riff de “Satisfaction” dos Stones e a introdução de “Lucy in the sky with Diamonds” dos Beatles. Alguns hinos e jingles também foram citados nesta música, no solo original além do “hino da independência” temos uma parte do “Pra Frente Brasil” também tocada pelos Incríveis. Nas versões ao vivo eles tocaram o jingle da campanha do Lula, uma outra parte famosa do Hino da Independência (Brava Gente Brasileira).

Pra quem leu o tópico do Hollywood Rock 1990. O meu amigo Fernando Lima me passou a resposta do riff final tocado pelo Augusto naquela versão de “Era um garoto”. Trata-se do jingle do Brizola para a campanha presidencial em 89. Valeu Fernando!

Frase favorita: “no peito um coração não há, mas duas medalhas sim” e todos os hinos tocados.

O EXÉRCITO DE UM HOMEM SÓ II - Gessinger/Licks

“Exército II” começa exatamente com o mesmo riff que dá o final de “Exército I”. “Era um garoto” apenas faz a transição... coisa do progressivo...
Destaque para o riff final da guitarra do Augusto e os trocadilhos de Gessinger com a palavra “sentido”.

Frase favorita: “somos quase livres, isto é pior do que a prisão”

NUNCA + PODER – Gessinger/Licks

“Nunca mais poder” é uma música em que Gessinger inicia o tema que é desenvolvido com mais força na música título do disco. Propor a eternidade do pop, não apenas o pop como rótulo musical, o pop aonde ele puder ser alcançado. Enfim, como nos posts dos outros discos, não gosto de me prender a interpretação das letras, que uma letra possa sempre surpreender.
Esta é uma música de arranjos simples, em vista da complexidade de riffs e técnicas que a banda vinha fazendo até então.
Detalhe para o riff final desta música, se vocês prestarem bem atenção, a última frase de guitarra dessa música é justamente a introdução de “pra ser sincero”.

Frase favorita: “todo mundo é moderno, todo mundo é eterno, quem cura, quem envenena, quem gera e quem extermina”.

PRA SER SINCERO – Gessinger/Licks

Esta música começa com um instrumento clássico nos anos 80. Um belíssimo piano rhodes tocado por Humberto Gessinger. Esta é a primeira música da banda gravada com Humberto a frente de um piano. Num primeiro momento da música, apenas Humberto fazendo a base e o riff que tanto marcou esta canção. No refrão, Augusto Licks aciona seus teclados dando um clima sombrio para a música. Os sussurros antecedem ao último trecho antes da entrada da bateria eletrônica de Carlos fazendo a marcação.
Uma certa vez minha amiga Karen falou que ouviu sobre uma interpretação desta música que falava sobre infidelidade, traição, dois amantes, algo do tipo. Confesso que é uma boa leitura, mas....
Esta é uma música especial para mim, foi a primeira música dos Engenheiros que aprendi a tocar no violão. Minha mãe não agüentava mais me ver pegando o violão para tocar a introdução desta música.

Frase favorita: “somos suspeitos de um crime perfeito, mas crimes perfeitos não deixam suspeitos”

OLHOS IGUAIS AOS SEUS – Gessinger

Sou muito fã desta música. Uma letra realmente incrível, quem aqui nunca escreveu ou pensou em escrever para a pessoa amada esta canção?
Assim como “pra ser sincero”, começa com Gessinger a frente da voz e piano. Augusto entra com sua steinberger branca e logo depois a bateria eletrônica e o teclado também são acionados. Augusto volta a solar depois de algumas músicas sem solo. A música termina com um efeito de voz distorcida de Humberto brincando com as palavras e o sentido da frase: “o que faz as pessoas parecerem tão iguais” e “o que fazem as pessoas para serem tão iguais”

Frase favorita: “uma nuvem cobre o céu, uma sombra envolve seu olhar”

O PAPA É POP – Gessinger

A voz anunciando no início da música “o pop não poupa ninguém” já é uma das marcas desta música. Nas turnês rolava também um sampler que ao ser disparado escutávamos “aleluia!aleluia” e depois vinha outro disparo para “o pop não poupa ninguém”. Bem legal!
Licks já manda ver em sua guitarra, Gessinger fez uma linha legal para seu baixo e Maltz continua marcando. Acho que Gessinger nesta música foi um visionário no que diz respeito ao mercado fonográfico e no que se tornou a música brasileira em todo seu contexto. “Por que esse medo de ficar pra trás” foi algo que as bandas de rock dos anos 80 trouxeram pra elas mesmas, questões pequenas como aparecer ou não no cassino do Chacrinha era o que as bandas discutiam entre elas. Os Engenheiros na Hebe, no Viva a noite do Guga, no Babilônia ou no Fausto Silva era parte do discurso desta música e deste álbum. Até isso fez parte do conceitual. No underground ou no mainstream... fodam-se estas questões.

Frase favorita: se você pensar na frase “toda catedral é populista” e lembrar da discussão sobre o aborto nesta última eleição, vai concordar comigo que trata-se de uma boa frase.

A VIOLÊNCIA TRAVESTIDA FAZ SEU TROTTOIR – Gessinger

A sinistra introdução começa com o baixo e um sutil teclado base no fundo. Então entram a guitarra e a bateria e a música ganha sua forma. Apesar de muitos fãs acharem uma puta música complexa de se tocar devido ao seu tamanho, acho que ela alterna momentos com uma linha de baixo e guitarra simples para depois termos algumas partes mais sofisticadas (os solos nessa música falam por si só). Aos 3 minutos e 10 segundo de música temos uma entrada de algo como uma guitarra invertida que introduz a um dos solos de Augusto que mais curto (este solo me lembra muito os jogos do Mega Man X que jogava no meu antigo Super Nintendo).
Temos numa segunda parte da música a participação da alegre maquinista Patrícia Marx reforçando os conceitos de Gessinger para o disco.

Frase favorita: “todo suicida acredita na vida depois da morte”

ANOITECEU EM POA – Gessinger

Uma das introduções que mais curto dos Engenheiros. Uma boa música pra tu escutar caminhando na tua cidade. As caminhadas de Gessinger por Porto Alegre renderam essa boa música, onde você nota o retrato de pequenos detalhes da cidade que muitas vezes passam desapercebido no cotidiano das pessoas (a luz vermelha do walkman na escuridão, a luz vermelha no alto dos edifícios, as pessoas em seus carros fugindo dos engarrafamentos), a dor vermelha dos colorados ardendo nos finais de tarde no beira-rio.
Gessinger também escreve a música de forma a se ligar no tempo, apontando sempre as horas no decorrer da música.
Depois Gessinger usa de samplers que retratam grandes momentos vividos ali naquela cidade com o Grêmio campeão sul-americano e mundial, a ascensão da Igreja Universal naquele período também não passa batido no rádio de um taxi.
A madrugada a dentro vira uma manhã de sol citada em várias formas, inclusive com “here comes the sun” dos Beatles e o trecho “the sun is the same in the relative way but you are older” de “time” do Pink Floyd.
Esta já é uma música mais complicada. Algumas quebras de ritmo, violão sendo introduzido em “eu trago comigo os estragos da noite”, talvez por esta complexidade eles tenham tocado ela tão pouco na turnê.

Frase favorita: “eu trago comigo os estragos da noite”

ILUSÃO DE ÓTICA - Gessinger

Esta foi uma música que de cara gostei. Na primeira audição já estava bastante feliz em conhecer “ilusão de ótica” e isso raramente acontece comigo. Gostar de uma música logo de cara é algo complicado pra mim. Esta música me fez atentar mais para o jogo de palavras que Gessinger utilizava em tuas composições (com 16 anos tu pensa mais no rock´n roll do que na métrica da coisa).
As linhas de baixo e a guitarra são bem trabalhadas, riffs bem feitos! O solo também muito bom.
No final temos uma brincadeira com a letra da música sendo cantada ao contrário, assim como as guitarras em A violência Travestida. Esqueçam que vou comentar sobre mensagens subliminares pois aqui é um blog para fãs de Engenheiros, sobretudo GLM. Prefiro comentar sobre o que Gessinger escreveu na passagem ao contrário, já nos aventurando com um trecho de “o sonho é popular”, ridicularizando as matérias da revista Bizz com o trecho “Jesus salva/salve as baleias/safe sex” que diziam: as letras de Gessinger eram copiadas de frases de parachoques de caminhão. “O futebol brasileiro são várias camisetas com a mesma propaganda de refrigerante” nos remete ao ínicio da década onde a Coca-cola patrocinava diversos times do futebol brasileiro, além da seleção brasileira (algo como o banco BMG faz hoje com uma proporção financeira menor).

Frase favorita: “eu surPREENDO você que não me PRENDE”

PERFEITA SIMETRIA – Gessinger

Esta é a música que menos curto do álbum, apesar de achar tua letra bem bacana. A simetria pode ser vista em mais de um aspecto. Tá no lance conceitual do disco, quem quiser viajar na letra pode ir num lance tipo “teu maior defeito, talvez seja a perfeição”.

Eu prefiro viajar no lance de que “O Papa é Pop” é um disco simétrico não para a discografia dos Engenheiros, mas para o trabalho do GLM ele é o disco que divide em “duas metades iguais” o trabalho destes 3 camaradas.

É o divisor de águas entre o “revolta”, “ouça” e “alívio” para o “várias”, “glm” e “fgca”.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Entrevista: Humberto Gessinger



Pra Sempre GLM:

Essa pode ser a frase que melhor se encaixa nos sentimentos dos fãs dos Engenheiros do Hawaii.

Este post irá desde o dia que conheci o blog ao dia que recebi um e-mail muito interessante.

Se alguém pode me dar a razão, esse alguém é o Ronan. Ou Não.

Porém ele que me deixou escrever qualquer tipo de besteira aqui.

Brasília. Quinta-feira, dia 09 de Junho de 2010.

Noite de autógrafos do Livro “Pra Ser Sincero 123 Variações Sobre o Mesmo Tema” com Humberto Gessinger.

Após trocas de e-mails e fotos conheci o blog Pra Sempre GLM.

Com analises e opiniões que apenas um fã dos Engenheiros do Hawaii poderia entender.

O blog com a mesma idéia do primeiro ao ultimo post, mostrou ser aquilo que eu tanto procurava: Algo na rede com assuntos variados sobre a banda, que tenha as mesmas intenções e o mesmo espírito daqueles 3 caras que levaram o Engenheiros do Hawaii de Porto Alegre para o Mundo.

Com um acorde traduzido em uma oração. Ou trocadilhos que inspiram os acordes. Todo o trabalho me fascinava.

O que mais faltava?

Mais um passo. Talvez um passo grande demais.

E o que pode ser grande demais?

Santo Antonio. Segunda-feira, 26 de Julho de 2010,

Sala da Coordenação Comercial da Microlins.

Ao abrir todos os e-mails, uma única boa noticia, ou melhor, presente de aniversário atrasado dois dias.

Finalmente, depois de dias elaborando as perguntas, dias tentando convencê-lo de responder as perguntas e mais dias esperando as respostas. Aquele e-mail me trouxe o presente e agora compartilho com todos vocês...

1-Há uma duvida de anos entre os colaboradores do blog pela existência de alguma versão ao vivo da música "túnel do tempo" para baixar na internet. Não sabemos se existe este download, mas os Engenheiros levaram "túnel do tempo" para os palcos em 92?

AgAgê:

Desconheço as músicas que estão na internet sem autorização. O que eu gostaria de lançar, lancei oficialmente. Lembro de tocar TUNEL DO TEMPO ao vivo, com piano Rhodes e fazendo baixo num synth Oberheim.

2-Concorda que há um pouco de Tom Sawyer na versão de longe demais das capitais do Alívio Imediato? O que o Rush representava para vocês?

AgAgê:

Não consigo ver ligação entre as duas especificamente. É natural que dois trios usando a mesma formação tenham algumas semelhanças. Meu interesse por Rush era mais da cabeça do que do coração, comecei a ouvir quando meu gosto já estava formado conceitualmente.

3-O Nenhum de Nós lançará ainda este ano um DVD do show do primeiro acústico teatro São Pedro, que foi lançado apenas em cd. Há possibilidade dos Engenheiros fazerem algo parecido com o show do Alívio Imediato?

AgAgê:

Não temos registro visual de qualidade, infelizmente. Seria bacana...

4-Como foi trocar a guitarra pelo baixo em 1987? Já manjava algo do instrumento? Por fazer a linha de baixo e cantar ao mesmo tempo, parece que Gessinger e Rickenbacker dialogavam há tempos.

AgAgê:

Eu e o baixo éramos velhos desconhecidos.

5-Qual a linha de baixo que mais gostou de ter feito?

AgAgê:

Bah, não dá pra dizer, seria como escolher a frase num diálogo ou num livro... a stória inteira, o enredo, é o que me interessa.

6-Tire uma duvida de alguns leitores do blog. No final de "era um garoto" na apresentação do Hollywood Rock em 1990, qual hino ou música Augusto Licks tira em sua guitarra? (exatamente o último solo que sai da guitarra do Augusto) Já passamos horas pesquisando hinos sem sucesso

AgAgê:

Os solos variavam... não lembro especificamente deste...

7-Alguns trechos de infinita highway você escreveu antes da formação dos Engenheiros, em que ano você terminou a letra?

AgAgê:

Terminei em 87.

8-Quais foram as músicas tocadas na sala Cecília Meirelles além das que vimos no CD/DVD
do Filmes de guerra, canções de amor?

AgAgê:

Acho que foram só estas... eu tenho os originais dos ensaios gravados em video... teria que pesquisar.

9-Hoje no Pouca Vogal você sente mais liberdade em relação as músicas, shows e a mídia? A cobrança e a crítica diminuíram?

AgAgê:

As maiores cobranças sempre partem de mim, continuam as mesmas.

10-Muitos fãs de BSB perceberam a diferença na interação tua com o público entre os shows dos Engenheiros do Hawaii e o Show do Pouca Vogal no mês passado. O que se deve esta mudança?

AgAgê:

Acho que não mudei... mas a energia em volta do PV é mais delicada, combina mais com falar entre as músicas, se é que se referem a isto.

11-Em relação ao PSS 123, você acha que alguém poderia fazer uma biografia completa sobre sua vida e sua carreira? Ou o PSS 123 já mostrou o suficiente?

AgAgê:

Não existe bio completa. Existem pessoas mais próximas e mais distantes dos fatos. Sempre prefiro quem fala na primeira pessoa... apesar de um monte de gente falando como se tivessem escrito as canção que escrevi, rsrsrsrs

12-No PSS123 foi colocada uma foto do que seria a folha de uma agenda com o set do disco GLM. Por que canções como "quanto vale a vida?" e "às vezes nunca" não entraram no disco e o que seria a canção FBPA? Football Porto Alegrense? Uma canção em outros carnavais com outras fantasias?

AgAgê:

FBPA é Pampa no Walkman, ou uma parte dela.

13-Em uma entrevista para o blog, Carlos Maltz respondeu "exército de um homem só". Queria saber de você uma música que representaria bem a abertura de um show da volta do trio GLM?

AgAgê:

Variações Sobre Um Mesmo Tema, abreviada, é uma boa abertura, pelos e tambores baixo. Acho até que abria uns shows do HG3 com ela.

14-O que os engenheiros representa na sua vida?

AgAgê:

Engenheiros, família, tênis, grêmio, livros, discos, e algumas outras coisas SÃO minha vida.

15-Dedique uma canção ou trecho de uma música a Maltz, Licks e todos os fãs dos Engenheiros e leitores do blog.

AgAgê:

Dedico DE FÉ, só tenho vocês.

Perguntas elaboradas por Ronan Marcos e Aline Chaves com ajuda de Cristiano Teles.

Obrigada a todos os fãs , ao Ronan e a Humberto Gessinger por me proporcionarem todo este entusiasmo e adrenalina que sinto escrevendo aqui.

Parabéns a banda pelos seus 26 anos.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Em Janeiro




Amigos do blog,

Em Janeiro teremos algumas novidades por aqui.

Passando um pouco do que vai rolar e o que pode acontecer:

Entrevista com Humberto Gessinger feita por nossa nova colaboradora Aline. (confirmado)

Continuação da saga GLM com o post do Papa é Pop. (confirmado)

Compilação de vídeos em homenagem aos 26 anos dos Engenheiros (confirmado)

Tributo Engenheiros em Brasília. (a confirmar)

Grande abraço!!!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Blog 2.6


Depois de 260 pedidos para a retomada do blog entre MSN, Orkut, Twitter e derivados, aqui estamos para dar sequência a fase final da saga destes 3 camaradas.
Realmente parece que foi ontem que sentado numa pequena sala do meu trabalho (não a mesma sala nem o mesmo trabalho de hoje em dia) tive a idéia de iniciar um blog que contasse a história desse grande momento da história dos Engenheiros do Hawaii.

Estamos juntos aí desde o final de 2008 e se dependesse da empolgação em escrever sobre GLM e os Engenheiros já teria terminado este trabalho há muito tempo. Este intervalo sem escrever aqui coincinde não apenas com os 26 anos que a banda completará em Janeiro próximo. É que mês faz exatamente 10 anos que conheço o trabalho dessa banda que mudou radicalmente a segunda fase da minha adolescência.
Através dos Engenheiros pude interagir com pessoas bacanas, estudar música, tocar instrumentos e conhecer sobre a história do rock e a da música em nosso país.

Tomara que através de sua música e porque não? Deste blog, muitas pessoas conheçam este universo e possam viajar pelas infinitas estradas de nosso país descendo serras que mais parecem serpentes mortas ao som dos Engenheiros.

Grande abraço!

P.S. Ainda estou ajustando e editando alguns detalhes para uma melhor visualização.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Revista Bizz - Uma nota em 89


Antes de entrarmos no universo de "o papa é pop" não poderia deixar para trás uma nota da revista Bizz de 1989 , que resume bem a futura relação entre o veículo de comunicação e o grande power trio.

Nota

http://www.megaupload.com/?d=8DCFQFHV

* a revista bizz em destaque na foto não é a mesma edição da nota aqui citada.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Hollywood Rock 1990


Em Janeiro de 1990, Augusto, Carlos e Humberto subiram no mesmo palco em que Dylan e Gil comandaram suas apresentações. Os Engenheiros comandaram o Hollywood Rock.

Antes de iniciarmos mais este capítulo sobre a grande saga GLM, não custa nada contar também a história do festival Hollywood Rock.
O Hollywood Rock foi um festival organizado pelo grupo Souza Cruz (empresa especializada no ramo do tabaco e subsidiária da British American Tobacco) e apesar de um começo modesto, teve grande repercussão internacional a medida que os grandes artistas do momento, cada vez mais apresentavam-se no festival. Antes de uma lei aprovada pelo senado, proibindo companhias que trabalhavam com tabaco e álcool (skol rock) de patrocinar eventos culturais, foram realizados 8 festivais vendidos como "Hollywood Rock".

"esses grandes eventos são um grande saco na verdade, parece uma quermesse, São João, essas coisas assim, não é um lugar legal pra fazer som, fica uma briga de ego, meio festival, quem se deu melhor, quem se deu pior, mas as bandas nacionais não se podem furtar a tocar"

Gessinger -
comentando sobre o Hollywood Rock em entrevista concedida ao programa livre no ano de 1992.

Comentários - Hollywood Rock 1990

A praça da apoteose estava lá, incrível cena, público espetacular e eu sempre que vejo o vídeo desse show, fico em dúvida se estavam ali fãs dos engenheiros ou militantes e patriotas protestando e cantando por um país melhor.

Carlos, Augusto e Humberto estavam mesmo muito a fim de sobreviver àquele dia, fazendo um show histórico, repleto de momentos emocionantes e alguns ritos de passagem. Nada melhor que começar então com uma "ouça o que eu digo, não ouça ninguém" da vida, pra colocar tudo e todos nos seus devidos lugares... ok! Não estamos aqui para idealizar com vocês, tão pouco dizer algo ou ter alguma atidude messiânica, viemos tocar nossas músicas que apenas refletem (ou repetem) o que o cotidiano diz sobre nossa triste realidade ... isso é algo que de fato me tornou um grande admirador do trabalho desses caras, no popular, eles faziam o deles sem precisar dar discurso ou "pagar pau" pra ninguém. Este linguajar indireto da banda tinha em meu modo de ver, uma dimensão "que não precisa (e não tem) explicação".

E a roupa que o power trio vestia neste dia? Realmente hilário e apropriado pras noites cariocas o Humberto com um colete meio Eastwood em "os indomáveis", o pai Augusto todo de branco e Carlos acabando de sair da oficina com seu macacão laranja... rsrsrs... apenas tirando uma onda com estes 3 grandes caras hehehe...

Tribos e tribunais
! Introdução versão ouça o que eu digo! Humberto cantando "welcome to the machine" as vésperas do Collor abrir as pernas do Brasil para a euforia industrial. Lindo demais ver Humberto e Augusto trocando informações entre baixo e guitarra ao fim dessa canção! Fodas!

A revolta dos dândis
foi a terceira música e todos cantaram a uma só voz "ôôôô" do começo ao fim, falando em fim, Augusto Licks nos brinda com uma obra de arte, um solo improvisado de blues passando por intermináveis escalas, Humberto cantando: "eu me sinto um estrangeiro e vocês não?" e Carlos apenas acompanhando as palmas de uma platéia em êxtase.

Longe demais tem início com uma versão meio "adaptada" do alívio imediato, Augusto trás uma timbragem diferente para sua guitarra, tirando um som "ula ula havaiano", após o refrão ele acelera um pouco e depois termina num ska, a música passando por diferentes ritmos, excelente idéia! Deixei de escrever no post do Alívio Imediato e não poderia deixar passar batido desta vez a homenagem que os Engenheiros fazem ao Rush nessa música. Eles tocam um riff que lembra muito "Tom Sawyer". Comentar os solos de Augusto Licks, pelo menos neste blog, é um excelente pleonasmo. Aqui, Augusto preenche todos os vazios com um solo de rock progressivo que vai do Gênesis ao Pink Floyd.

"Sabia que jogaram uma bomba na casa do Caetano Veloso ontem? Jogaram!" com esta metáfora em relação a canção que se iniciava (toda forma de poder) Humberto lembrava da noite anterior, em que Caetano, depois de criticar sutilmente o prefeito de Salvador, teve uma sutil resposta do soteropolitano manda chuva. Lembra do linguajar indireto sem puxar sardinha? Aqui Humberto faz seu sutil comentário sobre o grosseiro coronelismo da época(e até hoje vivido em nosso país como no caso Dorothy Stang). Fora isso, temos os mesmos arranjos tocados no canecão.

Nunca pensei dizer que "era um garoto" seria minha música favorita de algum show do GLM. Pois no Hollywood Rock de 1990 esta música arrepiou e falou por si própria. Sempre escutei essa canção esperando os solos militares de Augusto e ao ver o vídeo desse show pela primeira vez tive uma grata surpresa. Logo de cara esperava ouvir o tradicional trecho do Hino da Independência (apesar de que em janeiro de 1990 eles ainda não haviam lançado a versão original no papa é pop), mas Augusto começa com um outro trecho do hino escrito por Evaristo da Veiga, "brava gente brasileira" passando por "pra frente brasil, salve a seleção" e finalizando em uníssoso com a platéia um memorável "olê olê olê olá Lula! Lula" ... como queria estar nesse show para cantar alto e bravo todos estes hinos... voltando pra música, Augusto segue com o hoje tradicional "ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil" e nunca houve até hoje uma versão de "era um garoto" fazendo tanto sentido como neste dia.

*Augusto Licks, ainda sola um outro hino no final da música, mas por total desconhecimento não o citei. Se alguém tiver conhecimento, por gentileza, informar nos comentários.

Havia um presente surpresa para os fãs. Gessinger estava de frente para o teclado e naquele momento mostrava que não estava ali só para fazer bases simples para Augusto solar. Em terra de gigantes Humberto assumia a frente como tecladista dos Engenheiros. Tudo bem! Ele ainda estava arranhando, mas todos sabemos que este cara, um dia na vida tocou piano na mesma sala em que estava Wagner Tiso a frente de uma orquestra. Ainda deu tempo de incrementar à música: "a juventude são várias bandas numa propaganda de cigarros" em alusão ao hollywood rock e "a cara limpa, a roupa suja esperando que o governo mude". Collor assumia então com a cara suja e a roupa limpa.

Sabemos que Humberto Gessinger está longe de ser um Ray Manzarek (tecladista do the doors), mas é muito bacana vê-lo tocando intercalando o baixo no próprio teclado como em somos quem podemos ser. Legal a nova roupagem dada pela banda, com Augusto fazendo um novo arranjo para sua guitarra e Carlos sendo acionado. Humberto na última parte sai dos teclados e vai para o baixo fretless. Naquela época era Rush no café e na janta.

Sempre acho estranho nau à deriva sem a programação de sampler no início, mas em relação ao que tocaram no canecão, já estavam mais entrosados com esta canção. Não há muito o que dizer sobre a maneira como tocaram no hollywood rock. Apenas deixar rolar e curtir cada frase e arranjo desta magnífica música.

Sou suspeito pra dizer, mas gosto apenas da versão GLM de sopa de letrinhas. Ela tem uma combinação boa entre os slaps no baixo e a bateria. Logicamente que era difícil pro Humberto tocar e cantar a linha de baixo desenvolvida por Marcelo Pitz, mas acho que ele foi bastante criativo por não deixar esta canção ficar pelo caminho.

Sem deixar a poeira baixar, Augusto emenda sopa de letrinhas com a tão aguardada infinita highway. Na famosa introdução, Gessinger acrescenta teclados (sim! Eles conseguiam colocar teclados em infinita highway). Os arranjos são praticamente os mesmos da versão tocada no alívio imediato porém, naquela época tinham o costume de citar músicas ao final das infinitas estrofes, às vezes rolava "feira moderna" do Beto Guedes. Desta vez rolou "eu sou apenas um rapaz latino americano", talvez Gessinger portando um exótico bigode loiro, estava a fim de prestar uma homenagem ao nosso querido Belchior.

A última canção foi o retrato de todo aquele momento. Todos na apoteose precisavam de um alívio imediato. Na verdade, o público esperava que a chuva trouxesse o dilúvio, pois todos já estavam em delírio. O suave baixo de Gessinger, a simétrica bateria de Maltz e claro, o fantástico solo de Licks colaboraram para isso.

As frases ditas por Gessinger ao final desse show não são tudo, mas com certeza são fundamentais pra resumir não só esta grande apresentação, mas todo momento vivido pelo país naquela época:

"que a chuva traga, que a noite traga, que uma banda toque, que um isqueiro se acenda, que o governo mude, que o presidente traga alívio... alívio... alívio imediato... IMEDIATO! IMEDIATO!"

Augusto licks ... guitarra e teclado
Carlos Maltz ... bateria
Humberto Gessinger ... baixo, teclados e voz

Tchau!
Valeu!

DOWNLOADS

Engenheiros do Hawaii - Hollywood Rock (1990) - Parte 1

http://www.megaupload.com/?d=9P3EJF06

Engenheiros do Hawaii - Hollywood Rock (1990) - Parte 2

http://www.megaupload.com/?d=RFEJW4G7




segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Humberto "Geddy Lee" Gessinger





















Gessinger e Geddy Lee (baixistas, tecladistas e vocalistas de suas bandas) empunhando rickenbackers. Humberto ainda dedicava-se as letras. Papel desempenhado mais pelo baterista Neil Peart na banda de Lee. Abaixo temos os doublenecks hawaiianos.


sábado, 16 de janeiro de 2010

AO VIVO I - Alívio Imediato - PARTE II




1. Além dos outdoors (Humberto Gessinger)

http://www.youtube.com/watch?v=pkmv9DUcqM4

Sendo sincero como não se pode ser, essa versão de além dos outdoors não ficou redondinha, até por isso mesmo não tenha entrado para o disco. A verdade é que os três não conseguiram desenvolver um arranjo que apresentasse a música de um outro ângulo (como foi feito no FGCA). Fora a pegada diferente imposta pela bateria de Maltz, a música não teve muitas alterações em relação a versão original.
Você sabe o que eu quero dizer...

2. Cidade em chamas (Humberto Gessinger)

http://www.youtube.com/watch?v=jVEk1dDvMUc&feature=related

A versão deste show tem uma introdução sinistra em relação a versão original, mas depois a engrenagem gira e temos a mesma música do disco anterior. Destaca-se fora os solos de Augusto, os vocais gritados de Humberto fazendo a galera delirar.

3. Toda forma de poder (Humberto Gessinger)

http://www.youtube.com/watch?v=lPq6_NkLAOs

Outra versão em que a introdução é a novidade em relação ao resto da música. Eu particularmente gosto bastante desta introdução. Baixo e guitarra no mesmo time, tabelando e inaugurando o placar. Sempre bom lembrar a linha de baixo que Humberto pensou para esta música, muito mais trabalhada... a cada vez que vejo Gessinger cantando e tocando baixo nesta música não consigo acreditar que ele não erre uma nota nas escalas de seu steinberger.

4. Terra de gigantes (Humberto Gessinger)

http://www.youtube.com/watch?v=Ah3LVBBYGT0

Entra o set guitarra semi-acústica/teclado/bateria no show mas a introdução não deixa de ser o ponto diferente ("milonga... milonga.. lero lero... lenga lenga"). Então Humberto puxa "hey mãe" e Carlos faz questão de fazer a virada na bateria. Humberto recebe os merecidos aplausos pela letra desta canção, Augusto tira um solo cristalino de sua steinberger XL preta.

5. Somos quem podemos ser (Humberto Gessinger)

http://www.youtube.com/watch?v=-MiqOOVPylU


Um grande momento no canecão.
Reparem no som que Augusto tira de sua guitarra.
Esta é a versão que mais gosto de "somos quem podemos ser".

6. Nunca se sabe (Humberto Gessinger)

http://www.youtube.com/watch?v=SGRrnNUgPXg

"Essa música é tão monótona, mas ela é tão boa de tocar"
Sem dúvidas Humberto. Desde a primeira vez que escutei nunca se sabe (no dia que o Brasil derrotou a Bélgica na copa do mundo de 2002) na casa de um tio que pra minha surpresa tinha o cd ouça o que eu digo. Eu ali ainda conhecendo Engenheiros do Hawaii e descobrindo que pessoas em minha família também curtiam, desde então estava disposto a descobrir cada vez sobre aqueles 3 caras... aqueles 3 caras... tenho um amigo (grande Assis) que durante o ano de 2001 desenhava engrenagens em seu fichário e falava muito em uma música chamada "piano bar". Naqueles tempos eu passava o dia de bobeira no pc escutando algumas músicas do nenhum de nós, até então sem saber da virtual rivalidade entre nenhum e engenheiros discutíamos sobre o melhor som, quem tinha as melhores letras e não tinha como! Eu sempre defendia o nenhum de nós... só lembrava de Engenheiros do Hawaii por "era um garoto", esta era a única música que eu cantava bem no videokê. Lembro bem de um dia estar no carrefour na seção de áudio e vídeo e por ali ter encontrado os álbuns várias variáveis e o papa é pop, duas capas em que os três engenheiros estão na capa. Foi inevitável não rir daquelas figuras, quando vi Augusto Licks pensei: "mas que diabo de roupa é essa? Um guitarrista de óculos, social e cabelo lambido?". No outro dia a zuação ao meu amigo Assis foi a mesma dos dias de hoje... mas somente por que ele é palmeirense e eu são-paulino.
É por que nunca se sabe...

7. Pra entender (Humberto Gessinger)

http://www.youtube.com/watch?v=euLdbnQqxxY


Luzes em Augusto! Ele começa um riff que nos indica! Vêm aí "pra entender"!!!
Essa era uma música que deveria ter entrado no disco... sei que é complicado, tem todo o lance da mixagem,a gritaria da galera na pista...

Pra entender basta uma clicada no link acima.

8. Infinita Highway (Humberto Gessinger)

http://www.youtube.com/watch?v=inpGIc0Icgo

Considero esta a melhor versão de "infinita highway" de todos os tempos. Chega a ser estranho escutar a vagareza da versão original em relação ao ritmo frenético da versão tocada no canecão.
Cada uma tem seu charme, mas na autoestrada a gente acaba correndo um pouco mais né?
Todos! Definitivamente! Todos os três arrepiaram em seus instrumentos! As viradas de bateria, os solos de guitarra e as linhas de baixo eram um motor em pleno funcionamento.

9. Alívio Imediato (Humberto Gessinger)

http://www.youtube.com/watch?v=St69t4-1Hvs


"O máximo que uma banda pode oferecer".
Humberto fechava não o ciclo de trilogia em discos, mas encerrava um período dos Engenheiros do Hawaii em aspectos de som, produção, idéias para começar uma nova fase não muito diferente (a engrenagem continuava girando) e alívio imediato era o desfecho do ciclo e também um esboço do que estava por vir em termos de som e letras que falavam sobre solidão, guerra e separação.
Tenho um carinho especial por esta música, pois foi repetindo ela diversas vezes no som do carro de meu pai que me peguei descobrindo um novo momento em minha adolescência. O solo de Licks nesta canção faria qualquer um ter este sentimento

10. Tribos e tribunais (Gessinger/Licks)

http://www.youtube.com/watch?v=SuZdp4JyiEI


1!2!3!4!
E a introdução começava com o riff final da versão original!
Tribos e tribunais! Canção fantástica!
O detalhe desse vídeo que gosto bastante é a parte em que Humberto canta: "críticos de arte, arte pela arte, pink floyd sem Roger Waters". Esta parte não foi cantada por ele no segundo dia de gravações ou seja, você também não escuta no cd.
Os tempos em que GLM tocavam são momentos em que sinto saudade de uma época que eu nem mesmo pude presenciar.

Mas estou sempre lá com a galera

Engenheiros! Engenheiros! Olê olê olê...

mais>>>>

BIS Canecão/89

Variações sobre um mesmo tema:

http://www.youtube.com/watch?v=YamXQr6rUzk

Sopa de Letrinhas

http://www.youtube.com/watch?v=QOYB2yWvW3s

Segurança

http://www.youtube.com/watch?v=cReow-5JKcQ


Agradecimentos

A toda comunidade (Enghaw, GLM, Humberto Gessinger, Carlos Maltz, Por onde anda Augusto Licks) fazendo parte do mesmo time e tabelando em busca de gols.
A toda galera que dá força no MSN para novas atualizações.
A galera do ENGRIO pelos vídeos e pelas informações que sempre busco no site.
Ao meu amigo Assis pelas encheções de saco do ensino médio em relação aos engenheiros. O Palmeiras nunca foi problema neste quesito.
E claro... GLM por ter construído todo esse momento.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

ENGENHEIROS - 25 ANOS


Fica aqui a homenagem do blog 'Pra Sempre GLM' aos 25 dos Engenheiros do Hawaii. Há 9 anos
cada música dessa banda preencheu um espaço vazio nas caminhadas solitárias a noite ou ofereceu ''cultura e hora certa'' nas contradições do dia-a-dia.
Em comemoração aos 25 anos, teremos nessa semana a segunda parte do Alívio Imediato e alguma surpresa.
Um abraço a todo

ps. meu pss 123 já chegou, já foi lido e deve ser adquirido por quem ainda não possui. Pode parecer pretencioso, mas ao ler o livro fiquei com uma ''boa sensação estranha'' de não ter escrito muita abobrinha por aqui.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

AO VIVO I - Alívio Imediato - PARTE I




Não é possível começar este post, sem antes dizer, os Engenheiros do Hawaii em 1989, fizeram uma tour pela União Soviética. Uma tour onde rolava até panfletos, com as letras da banda traduzidas para o idioma local. Um breve aquecimento (ou ensaio) para o que estava por vir.


Canecão, Julho de 89

"este espetáculo está sendo gravado para a edição do próximo LP ao vivo dos Engenheiros do Hawaii... não procure mais... tá tudo aí"

Assim apresentava o narrador

o que estava por vir...

Nau à deriva (Humberto Gessinger)

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=bBKonPU8Yjk&feature=related

E Humberto Gessinger já nos brindava com uma técnica que até então não era muito utilizada por ele nos discos de estúdio dos Engenheiros. O slap de Nau à deriva é fundamental pra música. Dá aquele charme e acrescenta a guitarra crua de Augusto Licks que faz uma variação simples com a nota Mi. A versão do cd foi gravada em estúdio, pois nos shows do Canecão observamos que ainda faltava algo. Os slaps ainda não se faziam presentes no baixo de Gessinger e eles não pareciam com a música bem ensaiada ou encaixada para o show. A letra é fantástica, com metáforas e citações de alto nível. Gessinger se soltava nas letras a cada cd.

Frase favorita: "apocalipse now à deriva, longe demais do cais do porto, perto do caos".

Ouça o que eu digo, não ouça ninguém (Humberto Gessinger)

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=oESPj6uuZ_8

Que introdução simples, mas intensa!!! De muita energia!!!
Licks estava muito a fim de mostrar serviço! Em 89 éramos então apresentados a Steinberger (tanto baixo quanto guitarra) a guitarra sem headstock ou "a guitarra estilo engenheiros".

De fato, os Engenheiros estavam estourando e ganhando espaço no rock brasileiro e foram influenciando as demais bandas a usarem guitarras ou baixo steinberger (Cidade Negra usava mas era mais pelo fato do Ziggy Marley usar, Bi Ribeiro do Paralamas, Lelo Zanetti do Skank)

Voltando a "ouça o que eu digo"...

É uma versão bem superior a original. Outro vocal! Mais gritado e empolgante. No final temos uma sequência de riffs com Gessinger esbanjando nos slaps. Foi sem dúvida um grande momento do show.

obs. O trecho ou frase que mais gosto já foi comentado no post do Ouça.

Longe demais das capitais (Humberto Gessinger)

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=K1559xLeCTQ

Não sou muito fã dessa música (apesar de que no meu começo de engenharia hawaiana curtir muito), mas esta versão do Alívio é muito superior a original. Bem mais incrementada, riffs novos, um blues certeiro, Maltz arrepia nas viradas. Augusto era um caso de surpreender até mesmo a Carlos e Humberto, pois a cada show tínhamos um solo novo pra escutar.

Frase favorita: "nossa cidade é tão pequena e tão ingênua"

A revolta dos dândis I e II (Humberto Gessinger)

Vídeos: http://www.youtube.com/watch?v=ltfMXSv59fw
http://www.youtube.com/watch?v=VYAiLl6iHj4&feature=related

Fantástico! Se fosse pra escolher um momento (apenas?) para estar nesse show, seria para estar entre a revolta dos dândis I e II. Licks (como em ouça o que digo) liga as turbinas na introdução, mas desta vez tocando violão. Gessinger inicia a famosa linha de baixo e Maltz acompanha na bateria. É uma versão bem mais cool e bem menos cult a original. Carlos estava numa forma muito boa, pois ele não pára! É pegado o tempo todo!
Temos outro momento em que o blues é introduzido à canção. As influências do Rush cada vez mais evidenciadas com Augusto Licks saindo do violão para o teclado (serão mais fortes ainda quando Humberto "Geddy Lee" Gessinger começar a tocar baixo e teclado nessa mesma turnê de 89).

Bonito ver todo mundo cantando junto e....

Vêm a virada da bateria...

Já estamos em A Revolta II. É o que o riff do baixo de Gessinger parece nos dizer...

Voltamos ao início, Licks sai do teclado e volta ao violão.

A versão original já é foda! Essa é fora dos padrões!

Notamos que nessas primeiras músicas, a banda faz riffs diferentes das versões originais no fechamento das músicas, dando liberdade para Licks solar e estender um pouco mais o espetáculo.

obs. O trecho ou frase que mais gosto já foi comentado no post do Ouça.

continua...












sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Volta GLM!




Queria aproveitar esse post em lembrança ao festival Porão do Rock, que aconteceu nesse último final de semana em Brasília.
Tivemos a volta de algumas bandas que marcaram a cena da cidade em algumas décadas. O punk do Cabeloduro e a histórica Plebe Rude. O Maskavo Roots e a Little Quail com suas formações originais.


E claro... o inesquecível show surpresa de Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá juntos tocando alguns sucessos da Legião Urbana.

É importante relatar aqui o sentimento que rolou durante esse show surpresa. Nunca fui a um show da Legião e sempre escutei histórias do meu pai sobre o fatídico show de 88 com nostalgia e curiosidade. Antes do show tivemos vídeos apresentados no telão do festival mostrando a trajetória da banda. Renato Russo em vários momentos marcantes. O vídeo mostrou mesmo a emoção quando fez surgir a frase "2 dias atrás - Rio de Janeiro" e os ensaios de Dado e Bonfá com os músicos convidados. Logo depois, foi mostrado a chegada dos dois em Brasília e em seguida o show teve início com o arrepiante riff de Tempo Perdido, fantástico! Hebert Vianna e Phellipe Seabra também participaram do show. Um momento pro rock nacional guardar para sempre.

Meu grande amigo Thomaz não deixou passar batido: "ano que vêm estaremos no sul assistindo a volta do GLM".

Foi difícil segurar as lágrimas com a Legião. A primeira banda de rock que conheci na vida. Fico pensando como seria assistir Humberto, Carlos e Augusto pela primeira vez. Torço muito para que a mentira sobre a volta do GLM se repita, até virar verdade.
Um final de semana em que lembrei o quanto o rock brasileiro emocina há tempos, com a certeza de que ele ainda vai sobreviver ao tempo.

E não será um tempo perdido.

Pois somos tão jovens.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

O papa é pop?!?!

O papa é pop?!?!


Agora sim definitivamente efetivo no blog!! Há muito tempo devo algum comentário sobre a banda, minhas impressões, meu modo de enxergar e dizer sobre Engenheiros do Hawaii. Talvez um pouco diferente do Ronan, vejo ainda com qualidade e zelo alguns discos pós GLM da banda gaúcha, apesar de realmente dar mais crédito à melodia, à composição e ao arranjo dos primeiros discos.


Tentando ser breve, digo que Engenheiros entrou em minha vida em uma fase onde eu tinha mais ouvidos para escutar um som cru, rápido e sujo, sem solos longos ou arranjos de 10 minutos. Por isso, inicialmente, uma repulsa. O grunge com o Nirvana era uma das bandas de preferência e essa coisa de progressivo era “muita viagem”. Eu gostava da subversão, do proibido, da exceção. Essas coisas de adolescente da década de 90, início do século XXI. O preto com o branco, e não o colorido. Camisa xadrez, all star, vinho e vamos ao show.


A escolha deste Cd não foi obra do acaso, mas talvez ironia do destino, pois o primeiro contato com Engenheiros se deu pela insistência em escutar “(...) O papa é pop, o pop não poupa ninguém” no quarto por causa de minha irmã que gostava da banda e eu... bem, deixemos uma parte do passado para trás. Na verdade, pegando os primeiros Cd’s da banda como Longe Demais das Capitais, Revolta dos Dândis e Ouça o que eu digo Não Ouça Ninguém, quando se chega em “O papa é pop”, é possível ver um amadurecimento da banda e uma coragem em realizar uma produção limpa, sem muitos efeitos e uma bateria eletrônica criticada por muitos. Essa fase foi um reconhecimento da banda pelo público que começava a ser fiel ao rock hawaiano, mas a crítica (diga-se a BRASILEIRA) sempre caia matando nas canções de Humberto pelas suas citações e talvez pelo seu jeito “não sou a fim de pactuar”.


O Cd foi um marco, um divisor de águas entre a garagem e os grandes palcos. Com uma vendagem acima de 350 mil, e após uma turnê na fria Rússia, Gessinger, Licks e Maltz, já situados no Rio de Janeiro, realizam um Cd com algumas inovações: uma primeira gravação feita com música composta por outro artista e que por sinal teve um maior destaque na realização dos engenheiros do que pela banda original – Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones -, a primeira gravação independente e a colocação de vocais sobrepostos, intercalando o agudo com o grave, mostrando um Gessinger mais a vontade no microfone..


Com músicas do cotidiano cantada e enxergada de uma maneira simples, mas muitas vezes nunca pensada por nós, Gessinger faz um mixer nas composições: ora retratando um andarilho noturno arrependido de um porre com uísque nada escocês, a violência do cotidiano não vista e consequentemente aceita até mesmo como agrado, afago, o retrato de uma semi-liberdade muito pior do que a prisão, pois nesta tínhamos consciência das privações, a sinceridade da afirmação de uma amizade com pontos em comuns, e se não fosse humana, poderia beirar a perfeição.


A arte vai andando na carruagem de seu tempo histórico, e isso é perceptível nas canções dos engenheiros do hawaii. Em uma época turbulenta, pós guerra-fria, início do período democrático brasileiro propicia uma música com uma maior qualidade e crítica sobre os efeitos sociais que permeiam o seu momento.


Saudações!!!


quinta-feira, 25 de junho de 2009

Nunca se sabe


Antes de retomar as atividades....

queria pedir desculpas aos frequentadores do blog que sempre me cobram mais atualizações (seja no msn ou no orkut). Apesar de ter dedicado um bom tempo aos estudos da faculdade nesse primeiro semestre, o blog não deveria ter ficado tanto tempo parado.

Fica aí o pedido de desculpas.


Mudança de Rio???


Bem, continuando a saga do super power trio GLM pelas terras brasileiras (e ainda continuando na variações sobre a mesma tour de 88), nos deparamos com um dilema que envolvia a banda, seu modo de trabalhar e aonde exercer esse trabalho.
Essas questões eram fruto de toda uma conquista da banda nos últimos meses. O show do Alternativa Nativa, a turnê do ouça o que eu digo e a exposição da banda em vários programas de rádio e tv. A rotina da banda precisava de uma mudança, uma mudança que traria mais comodidade e tranquilidade pro trabalho. Uma mudança de Rio.
A própria contracapa do ''Ouça o que eu digo, não ouça ninguém'' simbolizava bem o momento dos Engenheiros do Hawaii. Eles eram os bandeirantes de 88. Tocavam do sul ao norte, com camisas estampadas com a estrela de Davi ou engrenagens com o símbolo da paz.
Humberto comentou sobre essa mudança como sendo quase obrigatória. Ele dizia que estavam colocando a banda como ''os representantes do rio grande do sul''. Não acredito que este seja um motivo fundamental para se mudar de estado, ainda mais se tratando de uma banda de rock que estava em seu terceiro disco e começando a fazer sucesso.
O Rio de Janeiro não significava exatamente que os Engenheiros certamente fariam sucesso. Mas significava tranquilidade para fazer bons trabalhos.
O Maracanãzinho em 1988 já dava os flashes
E o Canecão em 89 já revelava a fotografia.


''sei que parecem idiotas as rotas que eu traço, mas tenho que traçá-las eu mesmo''