terça-feira, 29 de setembro de 2009

AO VIVO I - Alívio Imediato - PARTE I




Não é possível começar este post, sem antes dizer, os Engenheiros do Hawaii em 1989, fizeram uma tour pela União Soviética. Uma tour onde rolava até panfletos, com as letras da banda traduzidas para o idioma local. Um breve aquecimento (ou ensaio) para o que estava por vir.


Canecão, Julho de 89

"este espetáculo está sendo gravado para a edição do próximo LP ao vivo dos Engenheiros do Hawaii... não procure mais... tá tudo aí"

Assim apresentava o narrador

o que estava por vir...

Nau à deriva (Humberto Gessinger)

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=bBKonPU8Yjk&feature=related

E Humberto Gessinger já nos brindava com uma técnica que até então não era muito utilizada por ele nos discos de estúdio dos Engenheiros. O slap de Nau à deriva é fundamental pra música. Dá aquele charme e acrescenta a guitarra crua de Augusto Licks que faz uma variação simples com a nota Mi. A versão do cd foi gravada em estúdio, pois nos shows do Canecão observamos que ainda faltava algo. Os slaps ainda não se faziam presentes no baixo de Gessinger e eles não pareciam com a música bem ensaiada ou encaixada para o show. A letra é fantástica, com metáforas e citações de alto nível. Gessinger se soltava nas letras a cada cd.

Frase favorita: "apocalipse now à deriva, longe demais do cais do porto, perto do caos".

Ouça o que eu digo, não ouça ninguém (Humberto Gessinger)

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=oESPj6uuZ_8

Que introdução simples, mas intensa!!! De muita energia!!!
Licks estava muito a fim de mostrar serviço! Em 89 éramos então apresentados a Steinberger (tanto baixo quanto guitarra) a guitarra sem headstock ou "a guitarra estilo engenheiros".

De fato, os Engenheiros estavam estourando e ganhando espaço no rock brasileiro e foram influenciando as demais bandas a usarem guitarras ou baixo steinberger (Cidade Negra usava mas era mais pelo fato do Ziggy Marley usar, Bi Ribeiro do Paralamas, Lelo Zanetti do Skank)

Voltando a "ouça o que eu digo"...

É uma versão bem superior a original. Outro vocal! Mais gritado e empolgante. No final temos uma sequência de riffs com Gessinger esbanjando nos slaps. Foi sem dúvida um grande momento do show.

obs. O trecho ou frase que mais gosto já foi comentado no post do Ouça.

Longe demais das capitais (Humberto Gessinger)

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=K1559xLeCTQ

Não sou muito fã dessa música (apesar de que no meu começo de engenharia hawaiana curtir muito), mas esta versão do Alívio é muito superior a original. Bem mais incrementada, riffs novos, um blues certeiro, Maltz arrepia nas viradas. Augusto era um caso de surpreender até mesmo a Carlos e Humberto, pois a cada show tínhamos um solo novo pra escutar.

Frase favorita: "nossa cidade é tão pequena e tão ingênua"

A revolta dos dândis I e II (Humberto Gessinger)

Vídeos: http://www.youtube.com/watch?v=ltfMXSv59fw
http://www.youtube.com/watch?v=VYAiLl6iHj4&feature=related

Fantástico! Se fosse pra escolher um momento (apenas?) para estar nesse show, seria para estar entre a revolta dos dândis I e II. Licks (como em ouça o que digo) liga as turbinas na introdução, mas desta vez tocando violão. Gessinger inicia a famosa linha de baixo e Maltz acompanha na bateria. É uma versão bem mais cool e bem menos cult a original. Carlos estava numa forma muito boa, pois ele não pára! É pegado o tempo todo!
Temos outro momento em que o blues é introduzido à canção. As influências do Rush cada vez mais evidenciadas com Augusto Licks saindo do violão para o teclado (serão mais fortes ainda quando Humberto "Geddy Lee" Gessinger começar a tocar baixo e teclado nessa mesma turnê de 89).

Bonito ver todo mundo cantando junto e....

Vêm a virada da bateria...

Já estamos em A Revolta II. É o que o riff do baixo de Gessinger parece nos dizer...

Voltamos ao início, Licks sai do teclado e volta ao violão.

A versão original já é foda! Essa é fora dos padrões!

Notamos que nessas primeiras músicas, a banda faz riffs diferentes das versões originais no fechamento das músicas, dando liberdade para Licks solar e estender um pouco mais o espetáculo.

obs. O trecho ou frase que mais gosto já foi comentado no post do Ouça.

continua...












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